Vítimas de quedas são quase o dobro das de acidentes de moto no Trauma de Campina Grande
23/08/2025
(Foto: Reprodução) Aumentam atendimentos a vítimas de quedas em Campina Grande
O Hospital de Trauma de Campina Grande registrou 12.546 atendimentos a vítimas de quedas entre janeiro e o início de agosto de 2025. O número é quase o dobro dos atendimentos relacionados a acidentes de motocicleta, que somaram 6.453 no mesmo período.
O gerente médico do Hospital de Trauma, Igor Rodrigues, explicou à TV Paraíba que esse tipo de acidente é comum e pode atingir principalmente idosos. Segundo ele, a unidade hospitalar atende frequentemente casos de quedas ocorridas em atividades domésticas e esportivas.
“A estrutura muscular do idoso naturalmente tende a perder musculatura, isso já diminui um pouco da força do caminhar, a força do mover e se apoiar. Aí vai juntando com outros fatores, podem aparecer junto disso problemas no coração, problemas na parte da função de membros e a parte intelectual também tende a reduzir com o tempo”, explica Igor Rodrigues.
Prevenção é a melhor forma de evitar acidentes
Funcionária pública caiu e foi socorrida para o Hospital de Trauma de Campina Grande
Reprodução/TV Paraíba
A funcionária pública Maria do Carmo, de 65 anos, não esquece da queda em que fraturou o braço. “Teve duas fraturas, e o pessoal que estava trabalhando me socorreu aqui para o trauma. Foram feitos os procedimentos de exames, raio-x, imobilização, e agora são dois meses de recesso em casa para se recuperar”, contou.
Dona Isaura Araújo, de 89 anos, está internada há quase uma semana. Ela sofreu uma queda em casa ao tentar estender a toalha no varal e quebrou o fêmur. Por isso, precisou passar por cirurgia.
“Caí e fiquei sentada. Quando eu procurei a perna esquerda, não podia movimentar. Fiquei nervosa porque não podia me movimentar, nem fazer nada”, contou a idosa.
A prevenção de quedas, segundo a geriatra Ana Luiza Figueirôa, é fundamental. Para idosos com dificuldades de locomoção, é essencial seguir orientações médicas, adaptando ambientes com barras, piso antiderrapante, boa iluminação e uso de calçados fechados. Já para idosos independentes, a recomendação é a prática regular de atividades físicas.
“Para o idoso que ainda é independente, a gente sempre orienta manter acompanhamento regular, checar se o idoso está fazendo atividade física, que é um grande protetor de quedas. Principalmente aquelas atividades com foco na força e no equilíbrio”, explica a geriatra.
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